MENTIROSOS
imagem tirada do google imagens
Mentirosos
E. Lockhart
Cadence,
Johnny, Mirren e Gat. Mais conhecidos por todos da família como os mentirosos,
quase mesma idade, são inseparáveis, estão sempre metidos em alguma confusão,
mas sem maiores consequências, coisa da idade, só adolescentes. Passam o verão
sempre na mesma ilha, mal suportam esperar a chegada da estação.
A
ilha pertence à bela família SINCLAIR.
Para
melhor entendê-los nada melhor que a descrição de Cadence sobre eles:
“Bem-vindo...
Ninguém
é criminoso.
Ninguém
é viciado.
Ninguém
é um fracasso.
Os
Sinclair são atléticos, altos e lindos. Somos democratas, tradicionais e ricos.
Somos Sinclair.
Ninguém
é carente.
Ninguém
erra.”
Nem
tudo é o parece. Há dois anos no verão dos quinze, referência que Cadence dá à
época do acidente, esta perfeição de certa forma se desfez, porque apesar de
não poder se lembrar de todos os fatos, ela não se lembra mesmo é de quase
nada.
Está
desapontada com os mentirosos, Gat não respondeu nenhuma de suas cartas e até
hoje sua mãe se nega a dizer porque nos últimos dois anos não passaram o verão
na ilha e por isso está ansiosa e deprimida.
Mirren
não respondeu nenhum de seus e-mails, o silêncio de todos aumentou exponencialmente
a angústia, quer de qualquer maneira respostas ao que lhe aconteceu no verão
dos quinze e não vê a hora de nesse verão encontrar-se novamente com a turma do
barulho.
Seu
avô Harris mora na ilha, na mansão Clairmont, tem muito orgulho de ser um
Sinclair e promove uma disputa entre as três filhas, não admite jamais que os
tempos mudaram e que a tradicional família está em decadência, pois mantém o ar
e a pose de sempre.
É perceptível para todos principalmente Gat,
ah! Meu querido Gat, que vovô quer que ele mantenha distância de mim, mas estou
apaixonada.
Quero
perguntar a ele porque do distanciamento desde o verão dos quinze, o que foi
que nos separou tão dramaticamente, afinal o que foi que eu fiz, ou o que ele
fez para tudo terminar assim?
Mamãe
me disse que fui nadar e que ao mergulhar no mar bati a cabeça em uma pedra, fiquei
desmemoriada e tenho recomendações médicas para que não fiquem falando do
assunto comigo, porque me lembrarei com o passar do tempo, não sendo necessário
antecipar as coisas.
É o
verão dos dezessete, tenho quase dezoito anos, estamos de volta a ilha
Beechwood. Já dá para ver a torre, mas para onde ela se foi? Não está mais lá e
a mansão Clairmont também não existe mais, não como era. Mamãe me disse que no
verão passado era apenas um esqueleto, realmente tudo mudou.
A mudança foi severa, eu era loira, tenho
cabelos pretos, era forte não sou mais e era bonita agora pareço doente.
Com
o acidente aguento constantes enxaquecas, mas não aguento idiotas.
Caro
leitor você vai se surpreender com esta obra de E. lockhart, narrada pela
protagonista Cadence.
O
livro se divide em cinco partes e vai meio que despretensiosamente em ritmo
cadenciado nos conduzindo ao clímax, sem revelar ou dar a entender o que causou
o esquecimento em Cadence.
É um
livro pequeno que se lê de uma sentada, pois tem apenas 269 páginas, com capítulos
pequenos, típicos dos escritores da nova geração.
O
argumento é bem elaborado e a escrita é simples sem rodeios ou descrições
enfadonhas.
Apesar de te levar gradualmente ao desfecho não é cansativo ou repetitivo.
Você
ficará maravilhado com a consistência da obra e não se sentirá como em muitos
livros do gênero enganado pelo autor e se for um pouco perspicaz chegará a
conclusão certa antes do término do livro, mas terá o interesse de conferir se
é exatamente o que deduziu.
Não
deixe de ler, será no mínimo prazeroso.
ATÉ
OUTRA VEZ.
Itaúna(MG),
16 de agosto de 2018.
Cláudio Lisyas Ferreira Soares
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