VERITY

 




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VERITY

Collen Hoover

                        Verity é um daqueles lançamentos que, quando muito esperado, pode tanto surpreender, quanto decepcionar os leitores.

                        Foi um dos muitos best sellers da autora. Já tinha livros dela, mas nunca fiquei inclinado a ler nenhum deles, até porque não é o estilo que me agrada, ora um drama romântico, com muita pegação e erotismo exagerado, com cenas que, talvez podiam ser menos apelativas, outra hora são romances com temas de violência e obsessão extrema, que não agradam o leitor mais sensível ou àqueles que não tenham simpatia pelo gênero.

                        Enfim com Verity foi diferente, a sinopse me agradou, o tema não estava assim tão fora da minha zona de conforto e resolvi arriscar.

                        Consegui lê-lo em poucas semanas apesar de não ser muito grande, porque são apenas 319 páginas. Comprei o exemplar pela amazon e comecei a ler tão logo chegou.

                        A escrita da autora é de fácil assimilação, bastante fluída com uma linha temporal clássica, sem maiores problemas para acompanhar as idas e vindas do passado obscuro de Verity.

                        Nossa história começa, quando Lowen é convocada por Corey seu agente a comparecer em uma reunião onde lhe fariam uma proposta irrecusável, porque apesar de ela ser a melhor escritora que ele agenciava a sorte ainda não havia sorrido favoravelmente até agora.

                        Lowen, veio para Nova York para sumir na multidão, se tornar invisível e é o que cidades como ela te fazem, têm a capacidade de absorvê-la para ser apenas mais um entre os milhões.

                        Manhattan está um turbilhão nessa manhã e o sol causticante, faz a suadeira ser ainda mais arrasadora e ela sente quando o homem à sua frente distraidamente preso em seu celular atravessa a avenida sem olhar e no seu encalço só percebe quando o crânio dele estoura como se fosse uma rolha saindo de uma garrafa de champanhe.

                        Assustada retorna à calçada tão logo admite, que também estava distraída. Fora um acidente e um homem morrera bem na minha frente, agora o trânsito para e o motorista desce do caminhão para averiguar a vítima, que tivera sua cabeça esmagada pelo pneu do seu veículo.

A causa da morte: rotina.

                        É nesse instante que nota sua blusa branca, agora de outra cor pois tingida pelo sangue do morto, de um vermelho intenso, fica perplexa pelo burburinho daquela cidade que, retomara seu ritmo intenso com pessoas olhando seus celulares e passando por ali como se nada tivesse acontecido.

                        Se dá conta então, que não havia perdido sua sensibilidade, porque ainda se importava com o resultado à sua frente. O sangue na blusa começara a endurecer e então divisou o falecido estirado no asfalto, enquanto o motorista de olhos totalmente arregalados fora para trás do caminhão tentando contatar com alguém, não muito convencido de que tudo aquilo tivesse acontecendo com ele.               

                        Foi quando uma voz grave, de um homem, que já a pegava pelo braço, perguntou:

“Está machucada?”

                        Foi logo respondendo que “não, não era meu sangue”, não é que estava tão perto dele que, seu sangue estava nela.

                        Ele apontou para uma cafeteria próximo dali, dizendo “deve ter um banheiro”.

                        Olhara mais adiante e vira o prédio da Panten Press, para onde estava indo antes de tudo ser interrompido e pensar que estava tão perto, mas desconsiderara o pensamento e fora com ele até a cafeteria.

                        Entraram e foram direto ao banheiro masculino, porque o feminino estava fechado, claro que com a permissão do dono. Ficara um pouco constrangida num banheiro com um homem, é novo para ela, sabe? Mesmo naquelas circunstâncias seria um tanto difícil de explicar.

                        Ele por sua vez mais prático molha várias tolhas de papel e as entrega, aproveitando, limpa o rosto e a sobrancelha, mas o cheiro do sangue fica impregnado nas narinas e sente que tinha que me livrar daquela blusa, então sem mais nem menos, tira-a.

                        Assustado, ele tranca a porta antes que alguém entre o que a deixa mais desconfortável.

                        Alguém bate à porta. O Cavalheiro responde que já vão sair.

                        Sem outra alternativa ele tira sua camisa branca limpinha e diz: vista isso.

                        Ainda bem tinha uma camiseta por baixo, mas dava para ver que era um cara forte e mais alto do que ela e ... bonito, aliás lindo, uma pena porque ostentava uma aliança dourada na mão esquerda, portanto casado.

                        Se você leu até aqui sugiro que pegue o livro e leia toda a história, porém só se tiver mais de 18 anos é a recomendação de capa. Aproveite.

Itaúna-MG, 30.abril.2022.

Cláudio Lisyas Ferreira Soares

  

 

 

 

 

                         

                       

 

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