JOGANDO POR PIZZA



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JOGANDO POR PIZZA
John Grisham
            Acho que estou me acostumando a ler e falar de livros fora do universo comum do autor, este é mais um caso, porque Jogando Por Pizza é um romance fora da linha que construiu a carreira de John Grisham, conhecido escritor estadunidense, que se popularizou escrevendo romances de suspense de tribunal.
            Dele também são os sucessos: O cliente, A firma, Tempo de Matar, obras que foram roteirizadas e levadas ao cinema com o mesmo sucesso de seus livros e que foram estrelados por atores de ponta em hollywood, tais como: Tommy Lee Jones e Susan Sarandon, Tom Cruise, Sandra bullock, Mathew McConaughey e Samuel L. Jackson.
            Sei que não foram os únicos, porque temos ainda o Júri e Dossiê pelicano que inclusive rendeu o Oscar de melhor ator a Tom Hanks e ainda há outros livros que interpretados ou não no cinema justificam porque esse autor é o sexto mais lido nos Estados Unidos da América, mas o curioso é que acabei lendo - JOGANDO POR PIZZA, talvez o menos famoso dessa lista.
            Aqui não temos tribunais, nem mesmo suspense. Esta é a história de Ricky Dockery o quarterback terceiro reserva do Cleveland Browns, jogador de futebol americano.
            Ricky está numa maré de azar, é o terceiro apagão que sofre em pleno jogo. Nos bastidores dizem que ele tem o queixo de vidro não suporta uma pancada mais forte e desaba.
            Num esporte de contato físico e de alto impacto ter um quarterback que não aguenta um choque com defensores adversários é o mesmo que ter um time de pernas amarradas, porque a cabeça não funciona, o cérebro do time entra em curto toda vez que sofre um tranco e isto equivale a aposentadoria antecipada ou o ostracismo.
            O último incidente o fez parte do noticiário esportivo de domingo e ele ainda na segunda feira não tinha acordado, estava em coma desde então no hospital, considerado pela crítica uma promessa, teve sua carreira manchada pelos sucessivos desmaios em campo e este em especial foi já no final do jogo, quando o time estava com a partida nas mãos e acabou perdendo com a recuperação da bola pelo adversário, que virou a partida.
            Só depois de vinte quatro horas é que ele abre os olhos pela primeira vez e se vê em uma cama, cercado por grades nas laterais ligado a um tubo que desce do alto, pendurado de uma haste. Com as vistas ainda nubladas, se pergunta que dor de cabeça é aquela que está sentindo. Pergunta também se está num hospital, as roupas de cama são brancas, as paredes são brancas.
            Com o gemido vê aproximar-se Arnie seu empresário, e vai logo perguntando onde estava, sendo informado que está no hospital.
            Arnie, faz um relato para avivar a memória de Dockery.
            Tudo é compreensível meu caro Dockery menos aquele lançamento no último instante do jogo com força demais que bate no peito de Bryce e é recolhido pelo Goodson e aí direto para a terra prometida. Os Browns perdem de 21 a 17.
            Sabe Rick o que não entendo mesmo é porque você não se lembra de nada, os jornais não falam de outra coisa, eu recebi um telefonema do presidente do Browns dizendo que VOCE ESTÁ NA RUA.
            Já liguei para quase todo mundo, mas quando ouvem minha voz alguns já vão dizendo que se é para arrumar vaga para você pode esquecer. A maioria mesmo desliga na minha cara.
            Olha não vejo outra saída a não ser dar um tempo, quem sabe ir para praia, dar um sumiço até a poeira abaixar, o que você acha?
            De jeito nenhum Arnie, trata de me pôr em ação, você sabe que não dá para ficar parado e ainda há tempo para me recuperar nessa temporada.
            Você não se lembra mesmo, não é, foi horrível, você foi atropelado pela defesa e aconteceu de novo, você saiu desacordado de campo e estava em coma até agorinha.
            Vou ver o que dá pra fazer, vou ligar para uns amigos, quem sabe?
            Com alta e à base de analgésicos, Rick, recebe uma ligação de Arnie seu empresário comunicando que tem uma proposta dos Panthers.
            Dos Panthers?
            Sim, dos Parma Panthers, para ser o quarterback titular, sem perguntas ou condições, é pegar ou largar.
            Que time é esse, Arnie?
            Amigo, aqui não dá mesmo, eu ouvi de tudo, mas hoje me ligaram do Parma time da primeira divisão do futebol americano na Itália, não é muito eu sei, o salário é modesto e não se esqueça aquela animadora de torcida anda dizendo por aí que está grávida e que o filho é seu. Oh! Ela vai entrar na Justiça, então ir para a Itália pode ser a salvação.
            É óbvio, que tudo que escrevi acima é uma adaptação do que nos reserva o livro e lhes garanto não falei mais do que acontece em de três capítulos de um livro de 31 capítulos.
            Fica aqui um convite, se você gosta de esporte, de um romance regado a viagem, gastronomia e muito romantismo, bem como, um agradável entretenimento, vai por mim vale muito a pena.

Itaúna(MG), 12 de setembro de 2017.
Cláudio Lisyas Ferreira Soares



  
                         


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