O GRANDE GATSBY




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O GRANDE GATSBY

                                                                                                           F. Scott Fitzgerald

            Francis Scott Fitzgerald é o raio-X da geração de 20 (1920). Melhor representante da geração “heat”. Podem ser entendidos também como a geração da desilusão, aqueles do pós-grande guerra, dos que descreem no sonho americano e que de alguma forma, um tanto premonitória, preparam-se para o pesadelo da grande depressão de 1929. 

            O narrador é um ex-combatente, que esteve nas linhas de frente na primeira guerra mundial, obviamente marcado pela atrocidade das trincheiras em solo francês, descontente com o passado e tentando seguir em frente.
            Faz menção aos conselhos de seu pai que dizia: “- Sempre que você tiver vontade de criticar alguém -... - lembre-se de que criatura alguma neste mundo teve as vantagens de que você desfrutou.”.
            Nick vem de família abastada, mas quer galgar espaço por esforço próprio e teve de seu pai a garantia de ajudá-lo no interregno de um ano, depois é claro estará às suas próprias expensas.  
            Ele conheceu Gatsby, foram soldados na mesma companhia, ambos sobreviveram e para mal dos pecados alugou uma casa próxima de seu companheiro de infortúnio.
            Ficou surpreso ao notar a exuberância da mansão em que vivia Gatsby e mais extravagante achou as inúmeras festas que ele patrocinava, a ponto da casa ficar superlotada e os jardins no entorno abarrotados de convidados.
            Aproveitou também a proximidade de sua prima Daisy e fez-lhe uma visita, ela antes da guerra era uma menina cheia de si e namorara um rapaz que fora convocado a servir no exército, apesar da separação traumática, ela suportou com galhardia, mas a família providenciou logo o seu casamento com Tom Buchanam face ao desinteresse de seus pais de uma união indesejada com o soldado que partira.
            O encontro se deu na casa de Daisy e achou-lhe entusiasmada em vê-lo, estava presente, também Miss Baker e teve seu primeiro contato com Tom o marido.
            Morava muito bem, do outro lado da baía, em uma casa imensa e o assunto do momento eram as festas dadas pelo Sr. Gatsby, Tom Buchanam por sua vez ignorava todo aquele frenesi, parecia um tanto distante. Enquanto que Daisy de fato desconhecia de quem se tratava o tal Gatsby.
            Por vezes Tom se ausentava para atender ao telefone e numa dessas vezes Miss Baker deixou escapar que ele tinha uma amante por demais inconveniente, porque tinha o desplante de ligar para residência justamente na hora do almoço.
            Nick não disse absolutamente nada e logo procurou retornar à sua casa, mas certamente não se livrou mais de Tom Buchanam, homem isento de pudores, pois o arrastara numa oportunidade à casa de sua amante, mesmo sabendo que ele era o primo de sua esposa, sentiu que com isso de certa forma se tornava cúmplice de suas escapadelas e aquilo o enojava.
            O surpreendente mesmo foi deparar com uma visita inesperada, pois quando estava na varanda de sua casa viu aproximar-se o Sr. Gatsby e sem rodeios foi logo dizendo o conhecer, estando satisfeito de saber que era seu vizinho, mas não sabia por que nunca o vira em uma de suas festas. Nick só lhe respondeu que não fora convidado. Gatsby continuou como se não o tivesse ouvido e justificou dizendo que muitos dos presentes às suas festas sequer os conhece apenas aparecem, não há essas formalidades de convites, exceto é claro, para alguns e terminou dizendo que o esperava na festa logo mais estando assim formalmente convidado.
              Não pense você caro leitor que este é um casual encontro entre ex-combatentes é que Gatsby em muitos casos age premeditadamente, como certamente é premeditada a aquisição de uma mansão naquela praia. Para descobrir as razões de Gatsby, leia, porque o livro é melhor que o filme.

Itaúna (MG), 05.07.2019
Cláudio Lisyas Ferreira Soares

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