PONTO DE IMPACTO
Imagem tirada do google imagens
PONTO DE IMPACTO
Dan Brown
No universo dos leitores, difícil
quem não conheça Dan Brown, principalmente se já ouviu falar de Código Da
Vinci.
Interessante é que não li nada desse
autor a não ser o livro PONTO DE IMPACTO.
Não se pode esperar dos livros de
Dan Brown aquela leniência meditativa, porque ele não escreve livros com esta
característica, porque seus livros parecem mais um roteiro cinematográfico recheados
de muita ação.
Ficção que aborde intrigas da casa
branca não é privilégio somente desse escritor, há outros, que talvez se deram
melhor nessa seara, não que ele não tenha se saído bem nessa.
A abordagem dessa obra é a eleição
presidencial americana com tudo que a envolve. O atual presidente é candidato a
reeleição e o financiamento de projetos da NASA é o alvo da imprensa e
principalmente da oposição.
O livro adota a forma de flashes, ora
está no clima glacial do Ártico, ora nos arremete à capital americana ou outro lugar qualquer. O
formato do livro é de capítulos curtos entremeados a capítulos mais longos,
exatamente para favorecer a transição entre os lugares às vezes remotos um do
outro geograficamente.
O prólogo é um exemplo disso, pois
narra em uma página e meia o ambiente gelado do Ártico e a morte que espreita o
isolamento. O Geólogo Charles Brophy é surpreendido naquela vastidão por um
helicóptero de transporte de dois rotores que posou a 50 metros de distância. Estranho helicópteros tão ao norte –
pensou, nisso saltaram dois homens fortemente armados vestidos com uniformes militares
brancos, que o abordaram perguntando se era ele o Dr. Brophy. Após confirmação
exigiram que lesse um pequeno pedaço de papel enquanto era gravado, ao terminar
levaram o Dr. Charles e o embarcaram com os animais no helicóptero. Após ganhar
altitude e ainda com as portas abertas os militares jogaram o trenó e os
animais pela porta, enquanto passavam por uma ravina e imediatamente o mesmo
fizeram com o Dr. Charles Brophy, numa evidente queima de arquivo. Em seguida
no capítulo primeiro já estamos em Washington.
O Senador Sexton vencera as
primárias do partido Republicano e era tido como capaz de vencer as eleições
desbancando o atual presidente do partido dos Democratas. Ele marcara um
encontro com sua filha Rachel Sexton no Restaurante Toulos em Washington.
O restaurante não é muito
frequentado pelo gênero feminino e Rachel Sexton é uma mulher atraente e
curvilínea capaz de despertar os hormônios do até mais tímido dos homens. Não
foi sem razão que o Maître ficou “um pouco incomodado com os olhares masculinos
que a seguiam”.
Pai e filha mantêm uma animosidade
peculiar, mas Sexton quer contar com sua filha, agora que está em campanha,
precisa desvinculá-la da Casa Branca e principalmente impedir que ela continue
apoiando o atual presidente, gerenciando sua campanha, porque isso seria
extremamente negativo para suas pretensões presidenciais.
Mas aquele café da manhã visivelmente
interesseiro foi uma cartada errada com sua filha que estava disposta a
refletir sobre o assunto, ficando convencida naquele encontro que não deve se
afastar nem deixar de apoiar o Democrata candidato à reeleição.
Em época de eleições é inevitável o
encontro com paparazzi e o Senador não foi poupado de ter que enfrentar
Sneeden, é claro que a imprensa sabe que O Senador e sua filha estão em lados
opostos e não vão perder a oportunidade de um furo jornalístico como esse, daí
sua presença se justificar apenas pelo fato de haver informantes sobre cada
passo de seus alvos de momento.
Deveras à medida que o tempo passa o
café fica mais amargo, com perguntas cada vez mais ácidas que apimentam e
alteram os ânimos, afastando ainda mais a filha do pai porque as respostas
mostram o pior do Senador, seu cinismo.
Para amenizar o impacto da
entrevista e do fiasco que foi seu encontro com Rachel, o Senador Sexton
anuncia que vai fazer cortes no orçamento da NASA e realocá-los para áreas
sociais esquecidas pela atual administração.
Nesse mesmo instante as redes de TV
informam que o novo satélite da NASA encontrou estranho objeto escondido nas
profundezas do Ártico, aproveitando-se da notícia para contornar a grave crise
financeira e de credibilidade que assombra a instituição.
É com esses flashes que o autor vai
tecendo a teia desse enredo, alavancando o suspense até seu clímax final.
Trata-se de trilher, bem construído e que revela a habilidade de convencimento
do que viria ser o fenômeno DAN BROWN.
Sinto informar que o que mostramos é
apenas a ponta do iceberg, para saber mais, seja bem-vindo ao PONTO DE IMPACTO.
Cláudio Lisyas Ferreira Soares.
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