TEQUILA VERMELHA



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TEQUILA VERMELHA
Rick Riordan
                Talvez ao ouvir o nome Rick Riordan, não lhe remeta a nada ou por outro lado se você já tenha lido o romance que o tornou célebre e saiba muito bem de quem se trata, a verdade é que aqui nesse romance não há paralelos a serem feitos.
                Sim, estou falando do famoso escritor da saga mitológica Percy Jackson, que foi parar nos cinemas no filme baseado no primeiro livro da série: LADRÃO DE RAIOS.
                É que ele ficou conhecido pela sua obra baseada na mitologia grega escrevendo para o público adolescente.
No caso de TEQUILA VERMELHA o mesmo autor vai nos apresentar um personagem mais real e o público alvo é o que se acostumou chamar de Jovem Adulto, esteja certo de uma coisa nesse livro a pegada é outra, nada de super poderes, nada de seres mitológicos e semideuses. É importante ressaltar que essa obra foi a primeira obra desse escritor, muito antes de haver Percy Jackson.
O nome da obra é sugestivo, pois é o resultado da mistura de bebida alcóolica com refrigerante, no caso, Tequila + Big Red, tequila todo mundo já conhece, mas Big Red é um refrigerante de cor vermelha e existe desde 1937, sendo muito popular no sul dos Estados Unidos.
Tres Navarre é de carne e osso, valentão de bom coração, bem intencionado, detetive particular de profissão, no entanto, um tanto inconsequente, quando se trata de xeretar por aí a procura de respostas.
Pois bem, ele está de volta, depois de dez longos anos e com o objetivo de desvendar, o que nem a polícia e o FBI conseguiram. Descobrir quem foram os assassinos de seu pai, o xerife Jackson Navarre.
Outros assuntos inacabados o trouxeram de volta a San Antônio no Texas e estou falando de Lilian paixão dos tempos de faculdade, pois ela está sozinha outra vez.
Não tem ainda onde morar e morar com sua mãe não está nos planos, e Lilian? Ah! Esta só casando. Como sua vida agitada, no momento, não permite isso, além de estar desempregado, o melhor mesmo é procurar desocupar o imóvel de seu ex-senhorio que já o pediu de volta de seu atual inquilino por falta de pagamento. O sujeito não tem intensão de pagar, nem de deixar o imóvel.
Sabe em dias em que no Texas faz calor de 40° graus na sombra, não é um bom dia para se falar com ninguém, especialmente se esse cara estiver de mau humor. Tratando-se da necessidade que não quer esperar, Tres vai até o imóvel fazer uma visitinha cordial ao inquilino indesejado. Vai de táxi até a calçada em frente à casa e sobe lentamente as escadas, batendo em seguida na porta de madeira e quando vê o rosto do indivíduo por trás de uma pequena portinhola coberta por uma tela, exibe imediatamente a cobrança do aluguel para deixar claro o motivo de sua visita.
O homenzarrão nada satisfeito com a abordagem do rapaz, vai logo dizendo para ele desocupar a varanda de sua casa e chispar-se dali, porque ele não estava disposto a discutir com um estranho sua atual inadimplência e para ficar bem claro não tinha intensão de sair do imóvel alugado.
Tres informa que já era para ter saído desde o dia 15 e sua mudança estará chegando num caminhão por volta das vinte horas desse dia 24, assim melhor mesmo era seguir os bons conselhos do senhorio até duas da tarde. Nisso retorna ao táxi para pegar suas malas de viagem e em seguida volta até as escadas, local em que se encontra com o inquilino, mal educado, metido a valente e empunhando um taco de beisebol que leva à altura de seu peito na evidente tentativa de intimidá-lo, mas com a destreza adquirida no tai chi chuan ele desvia-se para o lado e segura o punho da mão direita pressionado as articulações e tão imediatamente quanto aplica-lhe este golpe o taco sai rolando escada abaixo, enquanto o aflito professor cai de joelhos face a dor intensa e insuportável, fica estirado na varanda enquanto Tres Navarre adentra a casa e passa a fazer uma vistoria por conta própria.
A sala é um caos mais parece um chiqueiro, não se pode dizer menos de sua cozinha, pois a pia está cheia e o fogão não vê limpeza a muito tempo. O bafo no cangote denuncia que o professor não aprendeu nada e fazendo um movimento rápido, “girei para fora da trajetória e puxei o pulso do homem para baixo com uma das mãos. Com a outra golpeei o cotovelo dele no sentido contrário ao do movimento...” foi assim que ele desabou de costas no piso da cozinha.
Estirado ali é arrastado por Tres até o táxi, que paga o taxista para levá-lo para a estação de ônibus de San Antônio.
Com essa chegada fulminante o filho pródigo dá seu cartão de visitas à toda vizinhança, como quem dissesse ESTOU DE VOLTA.
Mas para se envolver em muita ação, suor e músculos, só lendo o livro, que alinhavado por uma excelente narrativa é um prato cheio para quem não quer monotonia.
Cláudio Lisyas Ferreira Soares

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