Postagens

Mostrando postagens de 2018

A BOA TERRA

Imagem
Imagem tirada do google imagens   A BOA TERRA Pearl  S. Buck             Há livros que merecem uma releitura, não basta se ler uma vez é preciso com mais atenção buscar o que se perdeu na primeira leitura.             A Boa Terra é um desses livros. Sinto só de falar dele uma nostalgia sem fim. Fico sem saber ao certo o que abordar tamanha a variedade de assuntos, que a autora Pearl S. Buck conseguiu evocar em minha alma naqueles tempos ainda primaveris de leitor iniciante, porque faz anos que o li.             Foi sem sombra de dúvidas o livro que atingiu em cheio minha sensibilidade, porque sem jamais ter estado na China me senti lá, vi cada personagem, amei e odiei cada um deles naquilo que meu juízo cristão os avaliou e por fim julguei-me a mim mesmo.             A rudeza da vida e a ternura com que os personagens a enfrentam é no mínimo encantadora, mas o melhor é que nos é apresentado não a China, mas o que faz a China ser maior que seu território, o seu POVO.

BENTO RODRIGUES

Imagem
Imagem tirada do Google imagens BENTO RODRIGUES José Eduardo de Oliveira             Bento Rodrigues dito assim não quer dizer nada para a maioria dos leitores, principalmente se estiver fora da região de Mariana, Minas Gerais. Mas mesmo mais longe para os de memória mais aguçada e atenta é o lugar da maior tragédia mineral dos últimos anos se não for décadas, porque não séculos.             Esta obra me foi dada para ler e comentar pelo Professor Arnaldo, que me disse estar andando por uma feira de livros e deparou com este livro e pensou logo em mim como alguém que pudesse lê-lo e comentá-lo.             Em primeiro lugar me sinto premiado porque o li e muito raramente tenho a oportunidade de ler sobre história de nossa região até porque não temos muitos historiadores com a capacidade de escrever de forma enciclopédica. Para minha grata surpresa pude verificar na escrita do autor desse legado histórico, o quão grande é o historiador José Eduardo de Oliveira.          

MENTIROSOS

imagem tirada do google imagens  Mentirosos E. Lockhart Cadence, Johnny, Mirren e Gat. Mais conhecidos por todos da família como os mentirosos, quase mesma idade, são inseparáveis, estão sempre metidos em alguma confusão, mas sem maiores consequências, coisa da idade, só adolescentes. Passam o verão sempre na mesma ilha, mal suportam esperar a chegada da estação. A ilha pertence à bela família SINCLAIR. Para melhor entendê-los nada melhor que a descrição de Cadence sobre eles: “Bem-vindo... Ninguém é criminoso. Ninguém é viciado. Ninguém é um fracasso. Os Sinclair são atléticos, altos e lindos. Somos democratas, tradicionais e ricos. Somos Sinclair. Ninguém é carente. Ninguém erra.” Nem tudo é o parece. Há dois anos no verão dos quinze, referência que Cadence dá à época do acidente, esta perfeição de certa forma se desfez, porque apesar de não poder se lembrar de todos os fatos, ela não se lembra mesmo é de quase nada. Está desapontada com os mentirosos,

O DESPERTAR DE MENFREYA

Imagem
  Imagem copiada do google imagens   O DESPERTAR DE MENFREYA Victoria Holt             Comprei o livro ‘O despertar de Menfreya”, porque comecei uma garimpagem no sitio da estante virtual, sitio especializado em intermediar a compra de livros usados disponibilizando o contato com inúmeros sebos (espécie de livrarias que vendem livros usados) país afora.             A pesquisa se deu pelo verbete MISTÉRIO, então dei de cara com esse livro que a começar pela capa me conquistou, porque me lembrou o fabuloso pintor surrealista Salvador Dali autor da obra “a persistência da memória” , depois atendia ao tema procurado e afinal a sinopse era de matar.             Mas o mais surpreendente foi descobrir que Victoria Holt é o pseudônimo da escritora inglesa “ Eleanor Alice Burford Hibbert” uma total desconhecida para mim, mas que de fato conheço por outros de seus pseudônimos: Jean Plaidy e Phillipa Carr, das quai

OS SENHORES DE CASHELMARA

Imagem
                                                       Imagem tirada do google imagens OS SENHORES DE CASHELMARA Susan Howatch             O gosto masculino pela leitura tende para romances históricos, assim quanto é mais comum o gosto feminino pelo romance de época.             Comprei muitos livros e tenho vários livros que são romances de época, comportamento que é justificável porque tenho filhas e é o gosto delas, portanto tenho livros de Julia Quinn, Jude Devereaux, Lisa Kleypas, Lucinda Riley, entre outras.               O livro OS SENHORES DE CASHELMARA, porém, foi adquirido não por causa de minhas filhas, mas porque apesar de tudo o que foi dito, me interessou muito, porém o surpreendente foi descobrir que se trata de uma saga. Apesar de ter características de romance de época esta saga assim o é, por se tratar de uma narrativa na qual o autor conta uma história que passa por diversas gerações de uma família, grupo, clã ou nação. Talvez por isso agrade a gre

A SEDUÇÃO DAS PALAVRAS

Imagem tirada do google imagens A SEDUÇÃO DAS PALAVRAS Maria Lúcia Mendes             Nada me daria maior prazer do que falar de uma escritora de minha terra, Itaúna, aqui não é somente a terra de Oscar Dias Correa, ou do título de primeira cidade educativa do mundo é terra também de Maria Lúcia Mendes, professora que se descobriu escritora por excelência.             A obra sob o lume dos holofotes do momento, de lavra dessa escritora itaunense, é, A SEDUÇÃO DAS PALAVRAS. Livro de contos e crônicas em quase sua totalidade, mas tem alguns poemas e de uma coisa estou certo aos amantes da leitura em geral, vai agradar.             Com tanta variedade gostaria de ser capaz de falar de tudo que o livro trouxe e me encantou, preciso dizer que você caro leitor está diante de “causos” pitorescos e bem contados, sem se falar que se sentirá em volta de uma fogueira, quando a lua se distrai em altas horas, rasgando-

OS OSSOS DA NOIVA

Imagem
Imagem tirada do Google imagens Os ossos da noiva Charles Kiefer             De fato não sou um crítico literário e não me interesso em devassar uma obra do ponto de vista da crítica, porque ou o livro me agrada ou não me agrada e é só isso, e se não me agrada, simplesmente ignoro, não comento.             O livro é escrito de forma bastante curiosa. O narrador está a dialogar com sua tia, uma mulher já em idade avançada, mas ele o faz de maneira muito interessante. Não estamos diante de um livro com tempo linear, pois vai e vem em momentos que interessam ao narrador sem perder com isso o fio da meada. É difícil construir um raciocínio coerente sem se perder na narrativa, quando os fatos não se desencadeiam na mesma linha de tempo em que se deram, o que dá um charme especial à leitura. A conversa envolve um tema difícil de falar no Brasil, porque temos aquela ideia de que um país miscigenado como o nosso não sofre de jeito nenhum com o racismo de cor. O Brasil é um

HAMLET

Imagem
Imagem tirada do google imagens HAMLET William Shakespeare             Um clássico é sempre um clássico. Não li toda a obra de Shakespeare, mas li algumas obras, Hamlet de todas as que li é especial. Sou totalmente suspeito para falar dela, porque não a li no original, não tenho conhecimento profundo do que possa ter levado um autor a escrever um livro como esse. Enfim sou o menos indicado para falar de um monumento como é essa obra.             O que posso fazer é apenas falar do impacto dela, pois era muito jovem quando a li e até hoje tenho vivo na memória diversas frases que foram gravadas a cinzel e fogo, algumas muito conhecidas, outras nem tanto, que ditas assim fora de contexto são meras citações repetidas por muitos, sem o sentido que merecem.             Dela extraiu-se a expressão SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO? Que no ambiente criado pelo autor tem um sentido próprio, porém sua dimensão é universal e serve para qualquer situação.             Esta ob

MARILYN e JFK

Imagem
Imagem tirada do Google imagens MARILYN E JFK François Forestier             Nunca fui o fã mais ardoroso no que diz respeito a ler biografias. Para ser bem sincero li esta, a do jornalista François Forestier, primeiro porque não era escrita por um americano, o que certamente me livraria do ufanismo próprio de quem é da terra, segundo porque a biografia estava voltada para o escandaloso envolvimento do presidente John Fitzgerald Kennedy e a sex appeal Marilyn Monroe e em terceiro lugar por que a narrativa tem um tom de romance “noir” com uma puxada irônica e inescrupulosa capaz de dar ao leitor curioso, as nuances da vida íntima dos protagonistas.             Para não ficar só nas minhas palavras vai aqui o que diz o autor, em tom confessional, no final de seu prólogo (que vale a pena ser lido na íntegra): “Para iluminar um pouco tanta escuridão, foi preciso uma sólida documentação, um editor paciente e um defeito crucial. Uma má índole. Eu tenho.   F. F.”