TODA A VERDADE





TODA A VERDADE
David Baldacci

            Temos um desafio hoje.
            O livro de David Baldacci, jovem escritor norte americano, com mais de 110 milhões de livros vendidos em todo mundo, com sua obra publicada em mais de 80 países e traduzida para 45 idiomas, começa com a perturbadora indagação:Por que perder tempo descobrindo a verdade quando se pode facilmente criá-la?
            Este é o século que se descortina, que se apresenta, há tantas versões para a verdade, que ela pode ser facilmente criada.
            Esta obra em particular diz respeito a Shaw, um agente secreto, recrutado à força por uma organização que vive no anonimato, cuja intensão é eliminar qualquer pessoa que ponha em risco a paz mundial.
            Nicolas Creel grande proprietário da indústria bélica, Ares Corporation e, Richard “Dick” Pender dono da Pender & Associates uma indústria de alta tecnologia, têm um encontro de negócios.
            A intenção de Creel é que Pender plante na internet uma mentira crível.
            Assim Pender produz um vídeo sob encomenda para veicular na rede a notícia de que a Rússia está praticando um genocídio doméstico, uma limpeza étnica.
            Pender faz um vídeo tosco, bastante amador, mas convincente. A cena mostra Konstantim relatando que ele e sua família certamente estariam mortos, quando o mundo tomasse conhecimento dos fatos e o responsável por este extermínio era o atual presidente da Rússia Gorshkov.
            Gorshkov, ex membro da KGB, antiga polícia secreta soviética, líder pouco carismático, e tido como sinistro até pelos mais simpatizantes, era agora presidente russo eleito legalmente, apesar de pairarem muitas dúvidas quanto a sua eleição.
            A empresa Ares enfrentava uma queda nas vendas e a depreciação das ações na bolsa de valores estava pressionando Creel a tomar uma atitude para melhorar seus negócios, para isso nada melhor que uma guerra.
            Enquanto isso, Shaw tinha interesse de fazer o último serviço para Frank, estava envolvido numa missão para eliminar terroristas, depois, conforme combinado, estaria livre para voltar à vida de um cidadão normal.
            Queria também casar-se e pretendia dizer isso a Anna Fischer. Terminado o serviço voou para Dublin, Anna estava terminando uma palestra sobre os estados policiais tema de um dos seus livros.
            Ela morava em Londres, trabalhava na Phoenix Group, uma empresa de pesquisas e estava interessada na “ameaça vermelha” relacionada ao vídeo de Konstantim.
Sua experiência levava a crer que havia poucas informações e que a comoção generalizada carecia de fundamentos antes de se culpar Gorshkov.
            Mas Anna estava apaixonada, fora pedida em casamento e Shaw era o homem dos seus sonhos, queria que ele conhecesse seus pais na Alemanha.
            Queria, principalmente, que ele fosse sincero com ela, tanto que fez uma dedicatória no seu livro “Amor sem confiança não é nada” e Shaw sabia que teria de dizer a ela que era um agente secreto e que já interferira em muitos assuntos políticos de vários países, no que certamente não teria a aprovação dela.
            Esta obra, não se trata de um suspense em que se tem que descobrir o assassino ou o criminoso, mas se se descobrirá em tempo, quem está por traz da mentira e se haverá poderão assim impedir uma hecatombe nuclear, uma guerra sem precedentes.
            O livro é de pura ação, os fatos se sucedem e prosseguem aceleradamente, envolvendo agentes secretos, terroristas, planos maquiavélicos, interesses corporativos, romances e assassinatos.
            Como é comum nos nossos dias a notícia é célere, sem escrúpulos, sensacionalista e sempre tem um repórter à caça de um prêmio, o pulitzer, sendo que quem tem um quer outro, principalmente, Katie a ganhadora de dois prêmios da espécie, agora no ostracismo, sim ela precisa de uma boa matéria para se firmar outra vez na mídia jornalística.
            Todos estes personagens se envolvem na trama com outros tantos que fica difícil elencá-los. A ação se desenvolve num ritmo frenético e para não estragar o enredo, melhor mesmo é ler o livro.
            Não podemos nos despedir sem também indagar: SERÁ QUE PODEMOS ACREDITAR EM TUDO QUE LEMOS?
            Ficamos por aqui, voltaremos em outra edição na certeza de que esta é uma obra atual, a cara do século XXI.

Itaúna11.07.2015.                                     Cláudio Lisyas Ferreira Soares

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